Em entrevista exclusiva à agência de notícias AFP, com sede em Paris, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, pediu a outras nações que se unam contra o expansionismo de Pequim e reafirmem seus valores compartilhados de democracia e liberdade. Tsai disse que considera essa tarefa um "desafio para a região e para o mundo como um todo".
"Hoje é Taiwan, mas amanhã pode ser qualquer outro país que terá de enfrentar a expansão da influência da China", observou Tsai.
Seus comentários surgem três semanas depois de uma guerra de palavras entre a China e Taiwan, na qual Pequim rebateu o que chamou de "observações irresponsáveis" de Tsai sobre a repressão em Tiananmen em 1989.
A China está profundamente desconfiada de Tsai porque esta lidera o Partido Democrático Progressista (DPP), de tendência independentista. Desde que Tsai Ing-wen assumiu o cargo, em 2016, Pequim intensificou os exercícios militares perto da costa de Taiwan, provocando temores de que possa usar opções militares para impedir que Taiwan declare a independência total.
As relações sino-taiwanesas têm sido fragmentadas desde que os dois lados se separaram em 1949 durante a Guerra Civil Chinesa.