Os resultados do estudo foram publicados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Os dados obtidos por meio do Observatório Espacial Herschel demonstraram que no espetro de Mz 3 estão localizadas 12 linhas de hidrogênio recombinadas, que se encontram desde as ondas infravermelhas até às bandas submilimétricas.
Tais linhas surgem quando há passagens quânticas entre estados altamente excitados de hidrogênio, quando os elétrons captados por íons de hidrogênio começam a "pular" para órbitas com energias baixas e emitem fótons.
Assim, as linhas encontradas não podem ser explicadas pela radiação espontânea emitida pelas nuvens gasosas finas das nebulosas planetárias.
Contudo, tais relações de intensidade de linhas espectrais foram observadas no caso do objeto MWC 349A HRL, uma estrela maciça binária (ou até tripla) que representa um laser espacial natural, ou seja, é uma fonte de fótons coerentes.
Tal como Mz 3, ela está cercada por uma nebulosa planetária, criada por fluxos de gás, e tem um disco denso no centro. A superfície da beira do disco gasoso serve de fonte de radiação laser. Os investigadores chegaram à conclusão que a Nebulosa da Formiga, que possui uma estrutura e características físicas similares, também representa um laser gigante.