A declaração do líder chinês foi considerada pelo analista de geopolítica Konstantin Sokolov como um "ato de paz sólida" da China em face às situações polêmicas crescentes e confrontos políticos e militares com os EUA na região.
Comentando as palavras de Xi Jinping, em entrevista à Sputnik China, Sokolov disse que "nenhuma ação isolada gera efeito, o efeito é gerado por um sistema de ações".
"Nesse sentido, a política da China é bastante coerente […] Os EUA conduzem uma política abertamente provocadora nesta região. Xi Jinping deu a entender que nenhuma provocação dos Estados Unidos terá efeito sobre a China. Em particular, os patrulhamentos marítimos e aéreos dos norte-americanos das águas próximas da China no mar do Sul da China", disse.
Segundo ele, Xi Jinping assinalou uma política clara de caráter defensivo, mostrando que a China não tem pretensões agressivas em relação a nenhum país.
"Acredito que este é um ato de paz sólida", comentou Sokolov.
A China deu a entender aos EUA que a questão da soberania no mar do Sul da China está praticamente encerrada nas relações entre os Estados.
Ele acrescentou que a China atribui grande importância às relações sino-americanas a fim de evitar conflitos e eliminar mal-entendidos. Em decorrência disso, durante a visita do secretário da Defesa dos EUA, a parte chinesa declarou para os EUA que se alguns países esperam que a China permita prejudicar os interesses de sua soberania, isso são apenas ilusões.
"O mais importante neste encontro era demostrar para os EUA a posição da China […] É do interesse da China e dos EUA, bem como da estabilidade e da paz globais", disse Shishun.
O presidente chinês, que também é o comandante supremo das Forças Armadas da China, sugeriu ao parceiro norte-americano o desenvolvimento das relações militares e o fortalecimento da confiança mútua para aprofundar a cooperação e o gerenciamento dos riscos nas relações bilaterais.