No cenário estimulado (quando o nome dos candidatos são listados ao entrevistado), Lula aparece com 33% dos votos, mais do que o dobro do segundo colocado, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que possui 15% da preferência.
Na sequência aparecem os ex-ministros Marina Silva (da Rede, com 7%) e Ciro Gomes (do PDT, com 4%), esta a mesma pontuação do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), enquanto o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) figura com 2%.
Já os demais candidatos – Fernando Collor (PTC), João Goulart Filho (PPL), João Amôedo (Novo), Levy Fidelix (PRTB), Manuela D’Ávila (PCdoB) e Flávio Rocha (PRB) – ficariam com 1% cada, enquanto os demais – Aldo Rebelo (SD), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Afif Domingos (PSD), Paulo Rabello de Castro (PSC), Rodrigo Maia (DEM) e Valéria Monteiro (PMN) – não atingiriam 1% e, somados, alcançariam 2%.
Lula também segue líder na pesquisa espontânea (sem concessão ao entrevistado dos nomes dos candidatos). Neste cenário, o petista tem 21%, contra 11% de Bolsonaro, e 2% de Marina e Ciro. Outros três candidatos – Álvaro, Alckmin e Amôedo – alcançam 1%.
No cenário sem Lula, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba pela condenação de 12 anos e 1 mês na Operação Lava Jato, Bolsonaro é líder com 17% das intenções de voto, ante 13% de Marina – o que denota, de acordo com o Ibope, um empate técnico, dada a margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Sem o petista, Ciro (8%), Alckmin (6%), Álvaro (3%), e Collor (2%) vêm a seguir na preferência do eleitorado. Também 2% tem o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sugerido como o presidenciável do Partido dos Trabalhadores no levantamento.
Bolsonaro também lidera no aspecto da rejeição, já que um terço dos entrevistados (32%) disseram que não votariam de jeito nenhum no ex-capitão do Exército – mesmo valor concedido a Collor. Já Lula é rejeitado por 31%, com Alckmin (22%), Ciro e Marina (ambos com 18%) vindo a seguir.
Mais do que a liderança do petista nos cenários em que aparece, chama a atenção o alto número de brancos e nulos – o índice supera todos os candidatos em dois dos três cenários testados pelo Ibope.
"Os eleitores estão desapontados com os candidatos, especialmente por causa das denúncias de corrupção", afirmou o gerente-executivo de Pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca.