O anúncio foi feito depois que o governo de unidade da Líbia pediu na terça-feira que a ONU bloqueie as exportações "ilegais" de petróleo do país após um grupo rival tomar o controle de dois portos no leste do país, Zweitina e Al-Hariga.
A National Oil Company (NOC) disse que "antecipa" que "motivos de força maior" terão que ser declarados pelas dificuldades nos portos.
As refinarias de Ras Lanuf e Al-Sidra foram tomadas de milícias locais na semana passada pelo militar Khalifa Haftar, mas ele disse que todas as receitas futuras dos terminais sob seu controle seriam entregues a uma administração não reconhecida no leste do país.
Os bloqueios "são crimes sob as leis da Líbia e internacional, e estão custando à nação líbia dezenas de milhões de dólares em receita perdida todos os dias", disse a agência.
Os confrontos já haviam forçado a NOC a suspender as operações em outros dois portos, reduzindo a produção em 450 mil barris de petróleo.
O fechamento de Zweitina e Hariga aumenta essas perdas em mais 350 mil barris de petróleo.
Grupos armados liderados pelo líder miliciano Ibrahim Jadhran tomaram Ras Lanuf e Al-Sidra em 14 de junho, antes de serem recapturados pelas forças de Haftar.
A NOC alertou sobre novas perturbações na sexta-feira, dizendo que a refinaria de Sarir, no leste do país, "pode ser forçada a cessar as operações, o que restringirá o fornecimento local de combustível".
Após a queda de Kadhafi, a produção caiu cerca de 80% e voltou a ultrapassar a marca de um milhão de barris por dia no final de 2017.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estima as reservas de petróleo da Líbia em 48 bilhões de barris — as maiores da África.