O diretor-geral do Centro de Proteção Planetária russo, Anatoli Zaitsev, calcula que tal sistema custará à comunidade internacional bilhões de dólares.
"De acordo com os nossos cálculos, para criar um sistema de proteção contra asteróides e cometas é necessário de US$ 5 (R$ 19,3 bilhões) a US$ 10 bilhões (R$ 38,6 bilhões) e entre cinco e sete anos", disse ele em 29 de junho numa coletiva de imprensa dedicada aos 110 anos da catástrofe de Tunguska, que se assinala em 30 de junho.
O segmento espacial do sistema permitirá detectar, com vários dias de antecedência, a aproximação de corpos celestes perigosos da Terra.
O meteoro de Tunguska caiu em 1908 e destruiu 1.240 quilômetros quadrados de floresta na Sibéria, liberando mil vezes mais energia do que a bomba atômica que foi lançada contra Hiroshima, no Japão, em 1945.
Em opinião da maioria dos cientistas, se tratou de um pequeno cometa que se queimou completamente ao entrar na atmosfera da Terra.
Grandes corpos celestes são classificados como asteróides se têm um diâmetro de mais de um quilômetro; na Terra existem quase 120 crateras formadas por esses corpos, por exemplo, na Rússia, o maior deles — que ocupa uma área de 75 por 100 quilômetros — está localizado no norte da plataforma siberiana e surgiu há 36 milhões de anos.
Há cientistas que acreditam que a queda de um grande meteorito provocou o desaparecimento de organismos na Terra há 250 milhões de anos. Segundo sua hipótese, outro meteorito também causou a extinção dos dinossauros.
Corpos celestes relativamente pequenos também representam uma séria ameaça, sua explosão perto de centros urbanos pode causar destruição comparável com uma explosão nuclear.