Palavras que não valem nada? Analista sobre o 'reconhecimento' da Crimeia por Trump

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Construção da Ponte da Crimeia através do estreito de Kerch - Sputnik Brasil
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Segundo os jornalistas, o presidente dos EUA, Donald Trump, não descartou a possibilidade de considerar a Crimeia como parte integrante da Rússia. O analista Stanislav Byshok comentou essa declaração de Trump.

Em 29 de junho, durante seu briefing na Casa Branca, Trump não descartou reconhecer a Crimeia como parte da Rússia, bem como retirar as sanções aplicadas a Moscou.

"É um estilo comum de Trump – mostrar incerteza e que tudo pode mudar […] Para os EUA em geral e para o próprio Trump a Crimeia não representa um grande valor, porque tem outras tarefas", afirmou o especialista ao canal RT.

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Segundo Byshok, o presidente dos EUA entende que a península da Crimeia é importante para a Rússia e, por isso, no contexto do futuro encontro com o presidente da Rússia Vladimir Putin, decidiu "ampliar o espaço para a incerteza e oportunidades".

 "Entretanto, há que entender que Trump não é uma pessoa omnipotente, no país existe um sistema de freios e contrapesos. Consequentemente, mesmo que desejasse com todo o seu coração reconhecer a Crimeia [como parte integrante da Rússia], levantar as sanções e assim por diante, isso não acontecerá", explicou o analista.

Ele acrescentou que entre os Partidos Democrata e Republicano dos EUA ainda há um "estável consenso antirrusso", por isso agora é impossível que Washington levante as sanções ou reconheça a Crimeia.

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"O objetivo de Trump é ser reeleito para o próximo mandato. Por isso não deve brigar, pelo menos, com sua base, o Partido Republicano. Tendo em consideração que os republicanos acham que a Rússia é um Estado hostil […] nenhuma coisa vai ser reconhecida. Mas Trump, sendo negociador experiente, pode faz essas reverências que não valem nada", concluiu ele.

Desde 2014, as relações entre Moscou e Washington se deterioraram devido à crise na Ucrânia e à reunificação da Crimeia à Rússia após um referendo. Os Estados Unidos e seus aliados não reconhecem os resultados do referendo, mas a Rússia sustenta que o plebiscito foi realizado em plena conformidade com o direito internacional.

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