As fontes mencionadas pelo jornal afirmam, citando dados obtidos depois da cúpula de Singapura, que é pouco provável que Pyongyang realmente queira uma desnuclearização total.
A Comunidade de Inteligência dos Estados Unidos (DIA) chegou à conclusão que os funcionários norte-coreanos procuram um meio de esconder o número de ogivas e mísseis, assim como o número e tipo de reatores nucleares que funcionam no país.
Porém, o especialista russo em assuntos da Coreia e Extremo Oriente, Konstantin Asmolov, comentando as informações da mídia estadunidense, duvidou da veracidade das fontes citadas.
"As notícias apareceram na mídia americana que possui uma posição ‘anti-Trump'. Claro que ela precisa de qualquer informação que diga que Trump […] teria sido enganado", opinou.
O analista sublinhou também que Kim Jong-un não deu uma promessa de parar a produção de plutônio militar, pois a declaração assinada depois da cúpula não contém esse ponto.
Segundo Asmolov, Pyongyang está cumprindo seus compromissos que foram anunciados depois da reunião em Singapura, enquanto os opositores de Trump tentarão usar este assunto para criar rumores, mesmo que as informações não sejam verdadeiras.
Em 12 de junho, em Singapura decorreu a histórica cúpula entre o líder dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un.
A reunião resultou em assinatura de um documento conjunto em que as partes confirmaram a vontade de estabelecer novas relações bilaterais.
O líder norte-coreano reiterou seu compromisso com a desnuclearização total da península coreana, enquanto o presidente estadunidense prometeu garantias de segurança a Pyongyang.