Andrés Manuel López Obrador, mais conhecido como AMLO, disse que vai transformar o México se vencer a sua terceira tentativa de chegar à presidência, prometendo derrubar a "máfia do poder" que, segundo ele, saqueou o país.
"Há muita desigualdade, muita violência neste país", disse o eleitor de López Obrador, Hugo Carlos, de 73 anos. "Essa situação precisa ser mudada."
Enquanto AMLO, de 64 anos, liderava as pesquisas ele causava temores por sua política econômica.
"Preocupa-me que alguns candidatos estejam fazendo propostas impossíveis, porque são muito caras", disse Juan Carlos Limas, 26, que fez fila em uma delegacia da Cidade do México para votar em Ricardo Anaya, que está em segundo lugar nas pesquisas para por coalizão de centro-direita.
Todos os candidatos estão criticando as políticas de Donald Trump contra imigrantes e o México, mas os eleitores estavam se perguntando quem poderia lidar melhor com o presidente dos Estados Unidos.
Alguns vêem esta eleição como a melhor chance de Lopez Obrador chegar à presidência após 12 anos de campanha quase permanente.
"O regime corrupto está chegando ao fim", disse López Obrador em seu último evento de campanha na quarta-feira. "Nós representamos a modernidade forjada a partir de baixo."
Grande parte da ira popular tem sido dirigida ao impopular Partido Revolucionário Institucional do presidente Enrique Pena Nieto, cujas reformas econômicas orientadas para o mercado ainda não beneficiaram muitos mexicanos.
"Meade é a melhor pessoa para continuar o que funcionou e se livrar do que não funcionou", disse Acosta.
Anaya tentou aproveitar os votos dos jovens com sua ênfase em tecnologia e novas idéias, mas dividiu seu próprio partido conservador para conseguir sua candidatura e não está claro se seus novos aliados no Partido da Revolução Democrática, de esquerda, vão permanecer na coalizão.
Pairando sobre o pleito o espectro da fraude eleitoral.
Em ambas as duas derrotas presidenciais de Lopez Obrador, ele alegou fraude. Em sua primeira derrota — de apenas 0,56% para o conservador Felipe Calderón em 2006 —, seus defensores realizaram protestos durante meses na Cidade do México e ele se referiu a si mesmo como "o presidente legítimo".
"Eles não devem ousar cometer uma fraude, porque, se o fizerem, vão enfrentar o diabo", disse Yeidckol Polevnsky, presidente do partido Morena, de López Obrador. "Nós não vamos aceitar isso."
No sábado, o partido da Revolução Democrática disse que quatro dos seus membros foram mortos no Estado do México, a oeste da Cidade do México, enquanto tentavam impedir a distribuição de bens pelo Partido Revolucionário Institucional para possíveis eleitores.
O governo do estado de Chihuahua, no norte do país, informou que três pessoas foram presas na cidade fronteiriça de Ciudad Juarez por supostamente tentarem comprar votos para um partido que não foi identificado.