A importantíssima partida, que aconteceu no mesmo dia em que a equipe de Messi foi para casa, também acabou mal para Portugal em meio à incrível predominância da torcida uruguaia.
"Adoro o povo russo, nós estávamos lá [no jogo contra a Rússia], onde a maioria eram russos, e eles nos trataram de modo muito bom. Eu tinha uma espécie de conceito dos russos antes do jogo e até antes de chegar para Rússia, e agora eu acho… que a hospitalidade dos russos é enorme. Eu tive uma impressão inédita do local e das pessoas", diz o torcedor, ressaltando que sua estadia de fato superou todas as expectativas.
Um casal de amigos de Lisboa, Frédéric e Luís, chegaram a Sochi para assistir às oitavas já pensando na final, mas acabou que não deu certo. Contudo, tiveram tempo suficiente para tirar suas conclusões sobre a organização da Copa.
"A segurança é imensa. Não tenho medo de nada, até porque há muita polícia na rua, as pessoas têm sido tranquilas, não houve nenhum problema dos hooligans [como foi na Eurocopa]", assegura Frédéric.
Em contrapartida, Luís acredita que a propaganda sobre a possível agressividade no campeonato da Rússia poderia estar relacionada com "os problemas do passado".
Outro grupo de portugueses, de fato jornalistas, Hugo, Vasco e José, expressaram suas opiniões sobre as infraestruturas montadas para a mídia no âmbito da Copa.
"Eu só estive aqui em Sochi duas vezes, estive em Moscou e em Saransk. […] Os centros de imprensa são excelentes", diz Hugo, acrescentando, porém, sua preocupação a respeito do futuro das construções esportivas em relação a pequenas cidades como Saransk.
Ao mesmo tempo, conta que visitou Moscou em 2012 pela primeira vez e notou uma "diferença enorme".
"Eu sinto uma grande diferença em seis anos, senti uma grande diferença em Moscou. Na altura da minha viagem […] houve uma sensação soviética, e agora já não tive essa sensação. Tive uma sensação de uma capital enorme", confessa.
Já os portugueses Paulo, Pedro e Eduardo fizeram uma grande revelação ao ser questionados se já tinham encontrado aqueles temíveis "hooligans" russos (que até agora parece que ninguém conseguiu encontrar), responderam que acharam uns, só que eram uruguaios.
"Encontramos hooligans do Uruguai ontem à noite", diz Paulo.
"Andavam a provocar", adianta seu amigo, rindo para descontrair, mas assegurando que foi na verdade uma experiência desagradável.
"Foi uma provocação. Porque eram muitos, e de Portugal éramos seis. Eles eram cinquenta, e pronto. Eram muitos, e nós — poucos", desabafa Hugo.
Um grupo de brasileiros com ascendência portuguesa — Maurício, dois Pedros e Eduardo — chegaram ao Estádio Fisht para apoiar a equipe lusa e também compartilharam sua experiência com a Sputnik.
"Em achei, em termos de segurança, muito tranquilo, bem seguro. Tudo ótimo, um povo acolhedor, muito bom, somos muito bem tratados aqui", conta Pedro.
"O cidadão russo adorou os brasileiros e isso para mim é muito importante. São sensacionais!", destaca Maurício.
Ainda de acordo com torcedores, eles chegaram com uma impressão "meio negativa", inclusive por conta da mídia, mas vão sair com uma impressão "ótima".
"É, falaram que vai dar um monte de problema, tipo não pode tocar música, não pode erguer a bandeira. Mas é pelo contrário, o nosso grupo trouxe instrumento para tocar aqui, a gente tinha no metrô […] e toda a gente cantava lá. Nenhum problema", resume um dos torcedores brasileiros.