Na semana passada, o diretor de uma das empresas que distribuirá o produto, Pablo Riveiro, foi citado pelo jornal Perfil dizendo que o quitute "será comercializado livremente e poderá ser consumido por qualquer pessoa".
Isso ocorre porque a erva não contém o principal componente psicoativo da cannabis, o tetraidrocanabinol (THC). No entanto, inclui o canabidiol (CBD), presente em 40% da composição da planta. Nesse sentido, Rivero enfatizou que essa "não é uma erva medicinal".
"Não é um medicamento e não é psicoativo", ressaltou.
Como parte dos regulamentos aprovados pelas autoridades, as marcas La Abuelita e Cosentina tiveram que incluir uma folha de maconha claramente visível na embalagem para que os consumidores possam diferenciar claramente o produto.
Conforme relatado pelo jornal uruguaio La República, de acordo com dados do Instituto de Regulação e Controle de Cannabis, até 5 de junho de 2018 havia 35.246 pessoas cadastradas para acessar a maconha de maneira regulamentada. Isto pode ser realizado de três maneiras: auto-cultivo (até seis plantas femininas e um máximo de 480 gramas de cannabis armazenada), clubes de plantio ou associações (entre 15 e 45 pessoas), e compra em farmácias.
No entanto, de acordo com a VI Pesquisa Nacional de Uso Doméstico de Drogas, aproximadamente 147.000 pessoas entre 18 e 65 anos usaram maconha "pelo menos uma vez" nos últimos 12 meses no Uruguai. Quase metade (49,1%) são jovens entre 18 e 29 anos.