O ministro do Comércio da China, Zhong Shan, afirmou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) é o centro do sistema de comércio multilateral, sublinhando que a China continua sendo um participante ativo desse mecanismo e contribuindo para seu fortalecimento.
Pequim enfrenta a tentativa dos EUA de destruir esse sistema. O portal Axios informou que a Administração Trump planeja apresentar para aprovação do Congresso um projeto de lei que daria a Washington poderes para ignorar os princípios básicos da OMC, o que é equivalente, de fato, à saída dos EUA da organização.
A preocupação da China com as consequências devastadores das ações norte-americanas é compreensível, porque a criação de um sistema comercial aberto e livre em todo o mundo, sem dúvida, é do seu interesse, explicou o analista político russo Aleksandr Lomanov.
"É um exemplo concreto e clássico de mudança de liderança mundial. Os EUA sentem que as regras de comércio livre não correspondem aos seus interesses, ainda não trazem benefícios suficientes. Por isso os EUA tentam escapar desse sistema", explicou ele à Sputnik China.
Para contribuir para liberação do comércio internacional, a partir de 1 de julho a China reduziu as tarifas de importação sobre 1.400 produtos, entre eles carros e peças para veículos. Além disso, Pequim reduziu sua lista de setores e atividades econômicas que têm importância estratégica, sujeitos a restrições para investidores e empresas estrangeiras.
Essas ações das autoridades chinesas mostram que Pequim se posiciona como líder da globalização e apoiante do comércio livre, opinou o especialista Liu Ying.
Frente ao protecionismo comercial global e guerras comerciais, a China está promovendo a abertura externa, abrindo seu mercado e cooperando com outros países no setor do transporte e comunicações, enquanto alguns países incentivam o protecionismo.