Os navios do projeto 22160 são extremamente versáteis: podem proteger águas territoriais e bases navais, patrulhar a zona econômica exclusiva de 200 milhas, escoltar navios civis e atacar todos os tipos de alvos terrestres, de superfície e aéreos. Sendo relativamente pequenos – com 94 metros de comprimento e um deslocamento de 1.800 toneladas – eles são capazes de ficar longe da costa por até 60 dias. Em termos de autonomia, estas corvetas são duas vezes superiores às fragatas de 4.000 toneladas do projeto 11356.
O alcance máximo de navegação é de seis mil milhas náuticas e sua velocidade é de até 30 nós graças à potência total da unidade propulsora de 34 mil cavalos e às linhas hidrodinâmicas da corveta. Seu casco e superestrutura foram projetados com uso de tecnologia stealth, o que reduz a visibilidade geral aos radares. Além disso, o convés está protegido por um revestimento compósito especial transparente às ondas de rádio.
Outra característica do projeto 22160 é o hangar para uma lancha de assalto na parte da popa, o que permite ao navio o envio de um grupo de fuzileiros navais para inspecionar uma embarcação suspeita e, se necessário, protegê-lo com seu fogo. O hangar também alberga um helicóptero multiuso. A eletrônica a bordo do navio é bastante avançada.
A peça de artilharia AK-176MA (76,2 milímetros) instalada no navio cobre eficazmente tanto alvos de superfície como aéreos a distâncias de doze e sete quilômetros, respetivamente, com cadência de tiro até 120 disparos por minuto.
Na parte da popa há um local para a instalação de um lançador vertical de mísseis Kalibr e Oniks e de sistemas de mísseis antiaéreos Gibka ou Shtil-1. Ou seja, o navio pode executar funções tanto ofensivas como defensivas, cobrindo os aliados com seu sistema de defesa antiaérea. A corveta está equipada com um sistema lança-granadas antissabotagem DP-65 com sua própria estação hidroacústica e alcance de cerca de 400 metros. Essas armas são indispensáveis na defesa de portos e bases navais. E para combater piratas e contrabandistas foram instaladas duas metralhadoras de 14,5 milímetros.
Provavelmente, o Vasily Bykov e outras corvetas do Projeto 22160 operarão em alto mar, enquanto o Buyan-M e o Karakurt protegerão áreas marítimas "domésticas". Em qualquer caso, se a indústria conseguir manter o elevado ritmo de construção desses navios, nenhum possível adversário naval se sentirá seguro perto das águas territoriais russas.