As 11 unidades do exército da Rússia serão nomeadas em honra de cidades ucranianas, bielorrussas e polonesas. O fato causou uma reação controversa em Kiev, uma vez que vários políticos ucranianos acreditam que tais ações de Putin têm a ver com "planos para conquistar o país".
O chefe de Estado-Maior da Ucrânia, Viktor Muzhenko, escreveu em sua página no Facebook que as ações de Putin são um sinal claro à Ucrânia, bem como ao resto do mundo, que a Rússia "não vai parar em Donbass e Crimeia".
Segundo o militar, a Rússia alegadamente "continua sua antiga tradição de roubar a glória e a história de outros", uma vez que as decisões de Putin "marcam o território e expressam pretensões às terras de outros povos, que não têm nada a ver com a Rússia".
Por sua vez, o Ministério da Defesa ucraniano também qualificou a ordem do presidente russo como "uma piada ruim".
Enquanto isso, o analista militar Igor Korotchenko afirmou que a ordem de Putin é um assunto interno da Rússia.
"Os nomes dados às unidades militares russas em honra dos regimentos e divisões que asseguraram a vitória na Grande Guerra pela Pátria [parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de junho de 1941 e 9 de maio de 1945, e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados] são um assunto interno da Rússia. Trata-se de cumprimento de tradições militares nacionais que visam aumentar o prestígio do Exército e das Forças Armadas da Rússia", afirmou Korotchenko à Sputnik.
Das 11 unidades militares referidas, três obterão nomes relacionados à Ucrânia: os regimentos Lvovsky, Nezhinsky e Zhitomirsko-Berlinsky.