O estudo foi publicado na segunda-feira (2), pelo jornal Nature Communications.
A explosão Cambriana foi acompanhada por um drástico aumento na diversidade de organismos multicelulares e na aceleração da evolução. Deste modo, no nosso planeja surgiram antecessores de vermes, peixes e animais vertebrados. Cientistas acreditam que a explosão levou a extinção da biota ediacarana, conjunto de seres que viveram durante o período Ediacarano. Porém, essa teoria permanecia discutível na sociedade científica.
Os pesquisadores elaboraram um modelo digital do leito marinho primordial da Terra a fim de determinar a razão exata da extinção da biota ediacarana.
Ao analisar os resultados, os cientistas revelaram que as primeiras gerações de animais parecidos com minhocas, camarões e outros invertebrados "consumiram" os estoques orgânicos, acumulados no fundo do mar.
Como resultado, foi emitida uma grande quantidade de dióxido de carbono, metano e outros gases do efeito estufa na atmosfera da Terra. Ao longo de 100 milhões de anos, sua concentração permanecia muito alta, o que acabou por provocar aquecimento global, alterações em ecossistemas e a extinção maciça de animais.
Outra drástica extinção ocorreu devido ao surgimento das plantas terrestres, o que, ao contrário, causou a diminuição da concentração do dióxido de carbono na atmosfera.