"Os políticos que cumprem tarefas ditadas de fora desencadearam uma guerra cultural no país. A guerra cultural é uma parte da política de agressão, substituição por grande parte das pessoas de valores fundamentais por valores necessários ao agressor: revisão da história, questão do idioma, rompimento de laços culturais e históricos. Os Estados Unidos sempre quiseram enfraquecer a União Soviética e separar as repúblicas soviéticas da Rússia, semear discórdia entre nós e desencadear uma guerra em nosso território", lamentou Muraev.
"Certamente, a principal tarefa era nos indispor perante a Rússia, mas todas as minorias nacionais foram atingidas. E em contraste com as autoridades fracas do nosso país, autoridades fortes dos países vizinhos estão lutando pelos direitos das minorias nacionais", disse.
Muraev disse ainda que, para superar a situação atual, a Ucrânia precisa começar a praticar uma política "independente e neutra".
As relações entre Moscou e Kiev pioraram quando em abril de 2014 a Ucrânia lançou uma operação militar em Donbass, onde a rejeição de uma violenta mudança de governo em Kiev, em fevereiro do mesmo ano, deu origem à proclamação das chamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. A tensão aumentou ainda mais quando a Crimeia se tornou parte da Rússia em março de 2014 depois do referendo em que 96,77% da população votou a favor da reunificação.