Dragão se desperta: China se prepara para efetuar golpe contra maior economia mundial?

© AP Photo / Andy WongBandeira dos EUA junto a emblema nacional da China (foto de arquivo)
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Os EUA ignoraram os possíveis compromissos com a China e desencadearam uma guerra comercial. A China não foi a primeira a atacar, mas agora se vê obrigada a defender os seus interesses e os de seu povo, informou o Ministério do Comércio do país asiático.

As autoridades comerciais também se declararam dispostas a recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).

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Pequim prevê notificar o organismo sobre a situação atual e "defender, junto com todos os países do mundo, o sistema de livre comércio multilateral".

Vale lembrar que os EUA violaram as regras da organização ao introduzir uma tarifa de 25% sobre uma série de produtos chineses no valor de 34 bilhões de dólares (131 bilhões de reais). Por sua vez, a China aplicou medidas de represália.

No entanto, o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou aplicar tarifas sobre a produção chinesa estimada em outros 400 bilhões de dólares (1.545 bilhões de reais) sobre a produção chinesa, se Pequim retaliar.

Na entrevista à Sputnik China, o especialista financeiro, Li Kai, opinou que a guerra comercial vai prejudicar a própria Washington.

"Até o último momento a China esperava negociar com os EUA. Agora parece que isso não funciona. Os EUA ignoraram as regras e mecanismos do comércio internacional multilateral, eles seguem o unilateralismo, avançam exigências infundadas, e com isso colocam os preços cada vez mais altos", ressalta o analista.

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Ele adicionou que os compromissos que a China assumiu não satisfazem agora os EUA e advertiu que a partir de agora a posição da China nas negociações será mais dura do que antes.

Anteriormente, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, qualificou como "terrorismo psicológico" as ameaças estadunidenses e observou que Washington acaba de "abrir fogo contra todo o mundo" e que a economia norte-americana vai inevitavelmente sofrer consequências graves, enquanto todo o mundo deveria se opor às iniciativas da administração de Trump.

Outro especialista, Mikhail Belyaev, crê que a situação atual representa uma divisão séria das maiores economias do mundo e que não se trata de uma guerra comercial, mas de uma verdadeira mudança arquitetônica global.

"Sem dúvida, a China vai avançar. Esta é a sua ideia nacional. Converter-se na potência mundial número um é a sua aspiração milenar, é assim seu sentimento interior. Aqui se enfrentaram duas ideologias: um país se sente como número um no mundo, e o outro também pretende sê-lo", explicou Belyaev, adicionando que Pequim não vai ceder em caso nenhum.

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