Embora no início do dia o oficial de contraterrorismo do Reino Unido, Neil Basu, não tenha confirmado que a substância tóxica supostamente usada para o envenenamento de Dawn Sturgess era semelhante àquelas usadas no ataque ao pai e filha Skripal, o ministro de Defesa do Reino Unido culpou a Rússia pelo incidente.
Reuters informou que o ministro da Defesa do Reino Unido, Gavin Williamson, quando questionado sobre uma ameaça à Grã-Bretanha após a morte de uma mulher, supostamente por um agente tóxico, disse que a "Rússia cometeu um ataque ao território britânico, que resultou na morte de um cidadão britânico".
A declaração aconteceu depois de duas pessoas terem sido supostamente expostas a um agente tóxico, em Amesbury, antes de morrerem em um hospital no dia 8 de julho.
Na quinta-feira, o ministro do Interior do Reino Unido, Sajid Javid, disse que o Reino Unido tomaria "mais ações" caso o envolvimento da Rússia no incidente fosse confirmado. Ele observou, no entanto: "não queremos tirar conclusões precipitadas".
As notícias sobre o suposto envenenamento em Amesbury foram divulgadas no dia 4 de julho, exatamente quatro meses depois que o ex-oficial de inteligência russo Sergei Skripal e sua filha Yulia foram encontrados inconscientes em um banco nos arredores de um shopping center em Salisbury, no dia 4 de março.
Na época, as autoridades britânicas culparam a Rússia por tentar assassinar Skripal, que trabalhava para a inteligência britânica, com uso do agente nervoso A234. Embora o Reino Unido não tenha fornecido provas para fundamentar suas acusações, Londres se apressou em retaliar, expulsando diplomatas russos.
A Rússia negou ter qualquer papel no suposto envenenamento e ofereceu-se para ajudar na investigação. No entanto, o seu pedido de amostras da substância química utilizada para envenenar os Skripals foi rejeitado. Ambos os Skripals já foram dispensados do hospital.