O ex-intérprete, Thae Yong-ho, disse que a proposta de pagamento de um bilhão de dólares foi apresentada a Gideon Ben Ami, enviado de Israel na Suécia, pelo embaixador norte-coreano Son Mu Sin, e seria aplicada a armas convencionais, mísseis balísticos e tecnologia nuclear. O ex-diplomata, que desertou para a Coreia do Sul em 2016, descreveu os detalhes do suposto acordo em um novo livro de memórias, segundo o Wall Street Journal.
Israel supostamente rejeitou a oferta, propondo em seu lugar ajuda alimentícia. Foi relatado que as negociações não haviam dado em nada, e que Pyongyang continuou a cumprir seus contratos de munições e mísseis convencionais com países com os quais Israel mantém relações hostis.
Na semana passada, Gideon Ben Ami confirmou que ele se reuniu com representantes norte-coreanos em várias ocasiões em 1999 e 2002, mas não mencionou as alegações feitas no livro de Thae. O vice-chefe do escritório para a Ásia do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Tzvi Gabbai, disse à edição na semana passada que Tel Aviv havia realmente dito a Pyongyang que ajudaria na agricultura, ou "talvez financeiramente", se a Coreia do Norte "parasse de vender armas à Síria e ao Irã, ou se eles estabelecessem relações diplomáticas com Israel". Pyongyang ainda não comentou essas alegações.
A Coreia do Norte não reconhece oficialmente Israel, denunciando-o como "satélite imperialista" dos EUA. Em vez disso, Pyongyang reconhece a soberania palestina sobre as terras israelenses. Ao longo de muitas décadas, a Coreia do Norte foi acusada de vender armas e tecnologia de mísseis a vários adversários israelenses, incluindo Irã, Síria, Líbia e Egito.
Damasco rejeitou a sugestão que a instalação tivesse algum propósito militar, descartando as alegações de um programa nuclear e lembrando das suposições sobre as armas de destruição em massa iraquianas antes da invasão de 2003. Israel reconheceu formalmente em março de 2018 que realizou o ataque de 2007.