Uma nova Área Conjunta de Operações será implementada no Atlântico Norte, disse o almirante Philip Andrew Jones em uma entrevista à Sky News. Isso significa que a Marinha e a Força Aérea do Reino Unido serão mobilizadas para a área com muito mais regularidade.
"Tivemos que responder a isso – [a Marinha russa] também é muito moderna, é muito capaz", afirmou.
Jones descreveu a mobilidade e a capacidade dos navios russos como "muito impressionantes".
"Eles estão claramente investindo em pesquisa e desenvolvimento para poder fazer isso", acrescentou.
O chefe da Marinha Real citou preocupações sobre a capacidade da Rússia de "detectar e lidar" com cabos de fibra ótica submarinos, uma vasta rede de comunicações que sustenta a Internet e movimenta cerca de US $ 10 trilhões (R$ 38,6 trilhões) em transações financeiras diárias, segundo a Sky News.
"Temos que acompanhar o que eles estão fazendo, temos que monitorar o que eles estão fazendo, na superfície e debaixo dela, e procuramos fazer isso", comentou o almirante Jones.
No início de maio, a Marinha dos EUA anunciou que reativaria a Segunda Frota para ficar de olho nos navios russos e chineses na costa leste dos EUA e no Atlântico Norte, citando "preocupações com o ambiente de segurança".
O Atlântico Norte tem sido motivo de uma série de impasses entre o Reino Unido e a Rússia nos últimos anos. Em um episódio acontecido em janeiro, a fragata HMS Westminster foi encarregada de acompanhar quatro navios russos que navegavam através do canal da Mancha.