O aplicativo Polar Flow é utilizado como uma plataforma especial em que os usuários podem compartilhar seus êxitos esportivos.
"Em comparação com serviços similares, como o Garmin e Strava, o Polar divulga ainda mais dados sobre o usuário em uma forma mais acessível que pode causar consequências desastrosas", escreveu a agência.
No aplicativo Polar Flow dá para ver todos as atividades que o usuário praticava desde 2014 por todo o mundo. Por exemplo, o mapa Polar pode mostrar que uma pessoa praticava esporte no Oriente Médio e nos EUA.
Os autores do estudo afirmaram ter estabelecido a identidade de aproximadamente 6,5 mil usuários do aplicativo, incluindo funcionários de bases militares, em que se encontram armas nucleares, bem como agentes da Inteligência, embaixadas, FBI, Agência de Segurança Nacional dos EUA e de tripulantes de submarinos.
Além disso, os analistas alegadamente conseguiram vigiar soldados russos na Crimeia, militares na fronteira norte-coreana, pilotos participando da operação antiterrorista contra o Daesh (organização proibida na Rússia e em vários outros países), norte-americanos que se encontram na "zona verde" em Bagdá e militares da prisão em Guantánamo.
A empresa finlandesa Polar, criadora do Polar Flow, publicou em seu site um comunicado, desmentindo qualquer vazamento de dados através do aplicativo. A empresa suspendeu temporariamente as funções do app que permitem obter informações sobre outros usuários.