A reunião, chamada de "Café da Comunhão", foi marcada pelo Whatsapp em nome do presidente nacional do Conselho de Bispos Pastores e Líderes Evangélicos, Levi Araújo e do prefeito Marcelo Crivella. Na mensagem enviada a pastores e líderes de igreja, os organizadores pedem que as reclamações sejam levadas por escrito junto com a relação das igrejas e respectivo número de membros.
"Nós temos que aproveitar que Deus nos deu a oportunidade de estar na prefeitura para esses processos andarem. Temos que dar um fim nisso […]. Vamos aproveitar esse tempo que nós estamos na prefeitura para arrumar nossas igrejas. Se vocês quiserem fazer eventos no Parque Madureira, está aqui o nosso líder, que é o doutor Valmir”, teria dito Crivella, conforme citado pela reportagem do jornal.
Ao SBT, o prefeito desviou das acusações sobre o suposto favorecimento de evangélicos em serviços públicos. Crivella culpou a rede Globo pela "mentira" e classificou a emissora como "inimiga pública do povo evangélico".
"Todo mundo sabe e eu declaro isso aqui que a Globo é inimiga jurada dos evangélicos. A Globo é contra a família, a Globo é a favor do aborto, tem toda uma agenda que contraria os princípios cristãos, católicos e evangélicos. Quando há uma reunião de pastores, que é uma coisa normal (…), ela lança lá um repórter que começa a inventar mentiras. É tudo mentira, mais uma vez a rede Globo de Televisão perde a credibilidade com informações que são absolutamente falsas (…). A Globo defende o outro tipo de família, defende o aborto, o incesto e coisas desse tipo, propaga isso em suas novelas, adultério… Sempre que há qualquer cristão envolvido em qualquer canto do país, vai ter sempre uma visão contrária, uma opinião negativa e o que ele fizer, a priori, já é considerado errado", defendeu.
O prefeito disse ainda que a fila de catarata "está vazia" e que 30% dos agendados não comparecem à cirurgia por terem falecido, mudado de estado por já terem feito o procedimento. Seja a Globo culpada ou não, o prefeito deve enfrentar uma verdadeira batalha assim que terminar o recesso parlamentar. Isso porque foram protocolados hoje três pedidos de impeachment contra Crivella: um do vereador Átila Nunes (MDB), o segundo pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) e outro pela Associação de Servidores do Município, que reúne funcionários da Prefeitura do Rio.