O fóssil foi encontrado no departamento de Caucete, província argentina de San Juan, na fronteira com o Chile. O achado indica que o Ingentia prima (primeiro dinossauro herbívoro gigante) viveu no fim do período Triássico, entre 205 e 210 milhões de anos atrás, e não no Jurássico há 180 milhões de anos, como se acreditava até agora, diz o artigo citado pelo RT.
Investigadores del #CONICET revelan en un estudio que los primeros dinosaurios gigantes aparecieron 30 millones de años antes de lo que se creía, a partir del descubrimiento de una nueva especie de dinosaurio #Ingentiaprima hallada en #SanJuan https://t.co/q54unYpWbc pic.twitter.com/H6CDM324L4
— CONICET Dialoga (@CONICETDialoga) 9 de julho de 2018
Os pesquisadores acreditam que este primeiro dinossauro gigante chegou a pesar até 10 toneladas, três vezes mais do que os animais com que coexistia. A autora principal do estudo, Cecilia Apaldetti, do Museu de Ciências Naturais da Universidade de San Juan (IMCN), considera que o Ingentia prima deu origem ao gigantismo entre os dinossauros, que 100 milhões de anos depois seria incorporado por saurópodes de até 70 toneladas, como o Argentinosaurus ou Patagotitan.
A análise dos ossos deste gigante revelou um crescimento ósseo até agora desconhecido. O doutor Ignacio Cerda, do Instituto de Pesquisa em Paleobiologia e Geologia (IIPG) do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), afirma que ao praticar um corte dos ossos deste dinossauro, pode-se observar um "crescimento sazonal".
Segundo o pesquisador, o dinossauros gigantes do Jurássico cresciam muito rápido e os do Triássico sazonalmente, como as árvores.
O gigantismo foi uma estratégia evolutiva para assegurar a sobrevivência dos herbívoros perante os predadores.