Em que resultaria um conflito armado entre Irã e Israel?

© AP Photo / Vahid SalemiMilitares iranianos, foto de arquivo
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O "exército islâmico" formado pelo Irã perto das Colinas de Golã pode acabar com Israel, declarou recentemente o subcomandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, Hossein Salami, citado pelo Times of Israel.

O analista russo Gevorg Mirzayan esclareceu à Sputnik Mundo se existe uma ameaça real que desencadeie um conflito aberto entre Teerã e Tel Aviv.

"O Irã sabe perfeitamente que Israel possui armas nucleares e que um ataque contra este último pode resultar em um ataque nuclear a Teerã. Ninguém quer isso. Mas Israel também entende que o Irã tem bastantes capacidades para lhe causar danos inadmissíveis. Trata-se de uma dissuasão mútua garantida", explicou Mirzayan.

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Vela destacar que Tel Aviv nega oficialmente ter armas nucleares, mas vários especialistas avaliam que israelenses possuam um arsenal entre 80 e 400 ogivas.

O entrevistado não excluiu que, se Israel e Irã entrarem em guerra, esta envolverá o movimento libanês xiita Hezbollah que, em essência, "é um sucursal do Irã" na região. Isso significa que os combates seriam travados também no território do Líbano.

Segundo Mirzayan, a possibilidade de um conflito aberto entre Israel e Irã é mínima, "porque todos entendem bem as regras do jogo" e os israelenses sabem que os iranianos não planejam atacá-los, assegurou.

"Ao fazer estas declarações, o Irã simplesmente tenta manter as aparências e, ao mesmo tempo, quer obter vantagens para sua imagem fazendo declarações antissemitas. Não é nada extraordinário", sublinhou o especialista.

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O subcomandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, Hossein Salami, declarou no dia 9 de julho que um "exército islâmico na Síria" nas Colinas de Golã está esperando a ordem para erradicar "o regime funesto" de Israel.

No mesmo dia, Israel bombardeou alvos iranianos na Síria, e Damasco, por sua parte, afirmou ter repelido o ataque.

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