O analista russo Gevorg Mirzayan esclareceu à Sputnik Mundo se existe uma ameaça real que desencadeie um conflito aberto entre Teerã e Tel Aviv.
"O Irã sabe perfeitamente que Israel possui armas nucleares e que um ataque contra este último pode resultar em um ataque nuclear a Teerã. Ninguém quer isso. Mas Israel também entende que o Irã tem bastantes capacidades para lhe causar danos inadmissíveis. Trata-se de uma dissuasão mútua garantida", explicou Mirzayan.
O entrevistado não excluiu que, se Israel e Irã entrarem em guerra, esta envolverá o movimento libanês xiita Hezbollah que, em essência, "é um sucursal do Irã" na região. Isso significa que os combates seriam travados também no território do Líbano.
Segundo Mirzayan, a possibilidade de um conflito aberto entre Israel e Irã é mínima, "porque todos entendem bem as regras do jogo" e os israelenses sabem que os iranianos não planejam atacá-los, assegurou.
"Ao fazer estas declarações, o Irã simplesmente tenta manter as aparências e, ao mesmo tempo, quer obter vantagens para sua imagem fazendo declarações antissemitas. Não é nada extraordinário", sublinhou o especialista.
No mesmo dia, Israel bombardeou alvos iranianos na Síria, e Damasco, por sua parte, afirmou ter repelido o ataque.