De acordo com Poroshenko, esta semana é importante para a Ucrânia "em um momento em que enfrenta sérios desafios para segurança e estabilidade". O presidente lembrou que a cúpula entre Ucrânia e União Europeia já ocorreu em Bruxelas e, em um futuro próximo, será realizada a cúpula da OTAN, onde a Ucrânia também participará.
Poroshenko disse no artigo, que a "semana da Ucrânia" vai enviar um sinal poderoso que "será ouvido em Bruxelas e além de suas fronteiras — em primeiro lugar, em Helsinque", referindo-se ao próximo encontro entre Trump e Putin.
"Com base em nossa abordagem acordada de não fazer nada em relação à Ucrânia sem a Ucrânia, desejo sucesso ao Sr. Trump em seus esforços para voltar Putin ao caminho certo", disse.
"Conhecendo-o, tenho certeza que ele está esperando por nossa derrota, mas essa não é uma opção e nunca será", acrescentou o líder ucraniano.
"Palhaço na política"
Segundo ele, o líder ucraniano "mais uma vez confirma sua fama de 'palhaço na política', uma figura nada profissional e ideologicamente limitada".
De acordo com Matveichev, pessoas como Trump e Putin estão definindo seus próprios objetivos na política mundial, e para eles "ninguém ordena nada".
''Sobre qual 'volta ao caminho' se refere?'', indagou o cientista político, explicando que tal entendimento só pode acontecer se alguém já estabeleceu limites específicos. "Por exemplo, os americanos apontaram para Kiev certo objetivo, e Poroshenko pode ou não corresponder a isso", explicou.
''Já a ‘reeducação' de Putin é completamente inútil — isso já foi tentado, inclusive por ex-presidentes dos EUA, mas Putin sempre seguiu e seguirá os interesses da Rússia em primeiro lugar", enfatizou.
Encontro em Helsinque
O próximo evento será a primeira reunião dos chefes dos dois Estados, sem referência a cúpulas internacionais.
O Ocidente acusou repetidamente a Rússia de interferir nos assuntos da Ucrânia. Moscou afirmou que não é parte do conflito interno ucraniano e está interessada em superar a crise política e econômica da Ucrânia.