"Hoje a Rússia, que está recuperando suas forças, não é vista como aliada, mas sim como ameaça ao domínio dos EUA. Somos acusados de alegados planos agressivos em relação ao Ocidente, enquanto ele próprio continua concentrando novas forças perto das nossas fronteiras", destacou em entrevista ao Il Giornale.
Como exemplo dessas ações pouco amigáveis, o ministro russo lembrou a decisão da OTAN, tomada em junho, sobre a criação de dois novos centros de comando regionais, responsáveis pelas comunicações marítimas e deslocamento rápido de tropas norte-americanas para a Europa.
Segundo sublinha o ministro, para os EUA a crise nas relações bilaterais é causada pelas ações "agressivas" da Rússia na arena internacional.
"Na verdade, a nossa convicção profunda é que, durante todo esse tempo, a tensão nas nossas relações tem sido aumentada de modo artificial por aquelas elites estadunidenses que estão convencidas de que o mundo se divide no mundo 'americano' e no mundo 'errado'", concluiu.