'Equação com muitas incógnitas': especialista comenta ataques aéreos à Síria

© AP Photo / Jack GuezCaça F-16 da Força Aérea de Israel
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A mídia informou ontem (11) que Israel atacou instalações militares na Síria. Como confirmou o próprio exército israelense, o ataque foi realizado em retaliação a uma suposta invasão de seu espaço aéreo realizada por um drone sírio.

Os aviões da Força Aérea de Israel atacaram ontem à noite (horário local) instalações sírias perto das povoações de Hader e Tel Qurum Jebba, província de Quneitra. Os sistemas de defesa antiaérea síria repeliram os ataques.

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Os militares israelenses, por sua vez, afirmaram que atacaram posições na Síria após terem derrubado um veículo aéreo não tripulado que entrou no espaço aéreo de Israel vindo da Síria.

No domingo (8), a mídia síria relatou que a Força Aérea de Israel atacou a base aérea de T4, também conhecida como Tiyas, na província de Homs. Naquele caso, o exército israelense recusou comentar as informações sobre sua possível participação do ataque.

Cientista político russo e especialista em assuntos do Oriente Médio, Stanislav Tarasov, comentou as notícias ao serviço russo da Rádio Sputnik, sublinhando que nas notícias sobre os incidentes faltam muitos detalhes.

"Se Israel ataca drones e as partes envolvidas no conflito sírio não fazem nenhum comentário, isso é estranho. Houve notícias sobre um avião israelense derrubado. As partes do conflito mantiveram o silêncio mais uma vez: quem derrubou, por quê, o que a aviação israelense está fazendo por aí?", afirmou Tarasov.

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Segundo o analista, as partes do conflito têm muitos acordos de cooperação técnico-militar secretos, cujos detalhes não são revelados.

"Há muitas reticências [nos incidentes], é uma equação com muitas incógnitas, mas estas são as regras da guerra", opinou o analista.

Antes, Israel já atacou por várias vezes instalações na Síria, argumentando suas ações com o desejo de impedir que armamentos modernos acabem nas mãos de grupos inimigos. Trata-se, principalmente, do movimento xiita libanês Hezbollah, que combate na região ao lado de Bashar Assad.

Assim, a base T4, onde supostamente estavam baseados drones iranianos, foi atacada em fevereiro e em abril.

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