Segundo a organização, os bombardeios da coalizão liderada por Washington mataram centenas, enquanto a coalizão admite apenas 23 mortes entre os civis.
"As reações instintivas da coalizão são poderosas na retórica mas com poucos detalhes. Elas revelam quão profundamente a liderança da coalizão está em negação sobre sua capacidade de proteger os civis", afirmou a consultora sênior da ONG Donatella Rovera.
"As negações tempestuosas que vimos repetidamente e ouvimos de altos funcionários da coalizão são contraditas pela realidade vivida das centenas de civis que entrevistamos para nossas investigações em Raqqa e Mosul. Eles são até mesmo contrariados por seus próprios parceiros no terreno [FDS]", acrescentou Rovera.
De acordo com a Anistia Internacional, um total de mais de 30 mil ataques de artilharia, juntamente com milhares de ataques aéreos, foram conduzidos pela coalizão em Raqqa de junho a outubro de 2017, deixando a cidade em ruínas.
A campanha militar em Raqqa, que serviu como capital do Daesh, foi lançada em junho de 2016 pelo FDS e pelos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA. Um ano depois, a campanha culminou na Batalha de Raqqa, que colocou a FDS no controle total da cidade.
Segundo estimativas da ONG Airwars, com sede em Londres, os bombardeiros da coalizão liderada pelos EUA em 2017 resultaram em pelo menos 1.400 mortes de civis em Raqqa.