Hoje de manhã, os investigadores do Reino Unido declararam ter identificado os suspeitos do envenenamento da família Skripal com a substância A-234 (também conhecida como "Novichok").
"São relatos da mídia, infelizmente, a parte britânica não fez nenhuma declaração oficial. […] Muitas versões nos jornais não são confirmadas a nível oficial", afirmou Yakovenko.
Segundo Yakovenko, a diplomacia russa efetuou encontros com funcionários da chancelaria britânica para discutir o caso Skripal quando Boris Johnson era ministro do Exterior, mas as negociações não deram resultado.
O diplomata russo acrescentou que Moscou tenciona exercer pressão política sobre Londres no que diz respeito à investigação do envenenamento de Skripal.
"Para nós, [o caso Skripal] é um assunto político. Naturalmente, vamos exercer pressão, inclusive por meio de pedidos oficiais e diálogo com a parte britânica", ressaltou.
Em 4 de julho, duas pessoas foram hospitalizadas após "terem sido expostas a uma substância desconhecida" na cidade britânica de Amesbury. Uma das vítimas morreu, o homem recuperou a consciência. A polícia britânica declarou que ambos foram envenenados com a mesma substância que o ex-agente Sergei Skripal e sua filha.
Amesbury fica perto da cidade de Salisbury onde no início de março Sergei e Yulia Skripal foram encontrados inconscientes. Londres acusou Moscou de ter organizado o ataque usando alegadamente o agente nervoso "Novichok" (substância A-234). A Rússia nega seu envolvimento no acontecido. Moscou sugeriu várias vezes a Londres realizar uma investigação conjunta do incidente, mas Londres ignorou a iniciativa.