Com base nessa desconfiança, os EUA lançaram uma campanha de informação visando atingir a alta liderança iraniana em uma tentativa de minar sua posição e forçá-la a mudar suas políticas, informou a Reuters, citando autoridades norte-americanas anônimas familiarizadas com a campanha. Segundo esses altos funcionários, o objetivo da campanha é persuadir Teerã, por meio da alimentação da agitação popular no país, a abandonar seu programa nuclear e a deixar de apoiar os grupos militantes.
As fontes indicaram que o programa, que funciona como um complemento às sanções impostas à economia iraniana, é apoiado pelo secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo e pelo conselheiro de Segurança Nacional John Bolton.
A Casa Branca e o Departamento de Estado se recusaram a comentar oficialmente a suposta campanha informativa, mas uma autoridade anônima do Departamento de Estado observou que Washington não está buscando uma "mudança de regime" na República Islâmica, mas quer mudar "o comportamento do governo iraniano".
"Sabemos que estamos forçando o Irã a fazer algumas escolhas difíceis. Ou eles mudam seus hábitos ou irão ter cada vez mais dificuldade em se envolver em suas atividades nocivas", disse a autoridade.
Trump tem sido um duro oponente do acordo nuclear com o Irã, alegando que há um "defeito em seu núcleo". Ele exigiu que isso fosse "consertado", ameaçando retirar os EUA do acordo e voltar a impor sanções econômicas. O secretário de Estado, Mike Pompeo, prometeu que as novas sanções seriam as mais severas da história e não seriam suspensas até que Teerã abandone seu programa nuclear definitivamente. O presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, líderes de dois principais países da União Europeia, tentaram convencer Trump a manter o acordo, mas seus esforços foram em vão.