Depois de 'quebrar' Irã, EUA vão tratar da Rússia, acha especialista

© AFP 2023 / ATTA KENAREInstalação petroleira na ilha de Khark na margem do golfo Pérsico
Instalação petroleira na ilha de Khark na margem do golfo Pérsico - Sputnik Brasil
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O presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que Teerã vai enfrentar as "consequências" se ameaçar Washington. O cientista político Leonid Krutakov comentou a política norte-americana em relação ao Irã.

O presidente dos EUA declarou que o Irã vai "sofrer as consequências" se continuar ameaçando os norte-americanos.

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Mais cedo, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, apelou a Donald Trump para "não brincar com o fogo", ressaltando que Teerã "não está em guerra com ninguém".

As suas palavras foram uma reação à declaração do Departamento de Estado de que Washington tentará convencer os aliados a deixarem de comprar o petróleo do Irã. No domingo (22), o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, confirmou que Washington "está trabalhando" com os países importadores do petróleo iraniano para os fazer se desistir de comprar petróleo iraniano.

Na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Leonid Krutakov comentou as ameaças dos EUA em relação do Irã.

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"Por mais que falem de economia digital, sem hidrocarbonetos não iria funcionar nenhum motor a combustão interna e nenhum ar condicionado, porque a maior parte da energia elétrica é gerada em usinas termoelétricas. Os hidrocarbonetos continuam sendo a base da civilização e economia modernas. Hoje no mundo há três grandes centros exportadores de hidrocarbonetos: Rússia, Irã e Arábia Saudita. Agora, quando os EUA tentam construir uma nova estrutura global, eles controlam politicamente apenas um destes centros. Por essa razão, os EUA não gostam das relações que existem entre a Rússia e Irã. Mas eles não conseguirão afastar a Rússia sem tomar sob seu controle as jazidas petroleiras do Irã. Por isso, o seu objetivo principal é 'quebrar' o Irã e o submeter. Já depois poderão cercar definitivamente a Rússia com sanções, cortar as suas exportações de gás e petróleo e compensar os volumes que faltariam no mercado mundial à custa do Irã", resumiu Leonid Krutakov.

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