Os maiores oponentes das sanções contra a Rússia são os gigantes petrolíferos ExxonMobil, Shell e Chevron, que foram afetados pelas sanções, revelou a colunista da Sputnik Natalia Dembinskaya.
Embora as autoridades norte-americanas estimem que a Rússia perdeu três bilhões de dólares (R$ 11,2 bilhões) como consequência das medidas restritivas, a própria indústria norte-americana também sofreu perdas.
Entre as mais afetadas está a ExxonMobil, informam os analistas do portal Oilprice.com. Já em 2015, apenas sete meses depois do início das sanções, a empresa perdeu quase um bilhão de dólares. Em 2018 a empresa teve de abandonar vários projetos conjuntos com a empresa petroleira russa Rosneft, o que custou à empresa norte-americana 200 milhões de dólares, informou a colunista.
A Rosneft, por sua vez, está disposta a apoiar o retorno da Exxon Mobil a esses projetos assim que for juridicamente possível, destacou a autora.
"As sanções terão consequências douradoras para muitas empresas e indústrias dos EUA. [As sanções] afetarão os interesses dos EUA e serão vantajosas para a Rússia", disse Jack Gerald, vice-diretor do Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês).
De acordo com os dados da OPEP, em 2018 o volume do petróleo produzido na Rússia aumentará em comparação com os anos anteriores e a Agência Internacional de Energia afirma que a produção russa continuará crescendo até 2020, acrescentou Dembinskaya.
As sanções também não atingiram outro objetivo: limitar o acesso da Rússia às tecnologias de ponta no setor petrolífero, concluiu a autora. As empresas europeias, como a Eni e a Total, não desistiram dos seus projetos na Rússia.
O Congresso dos EUA aprovou a CAATSA em julho de 2017 em resposta às acusações de que a Rússia teria tentado influir nas eleições presidenciais dos EUA de 2016. A Rússia negou todas as acusações de intervenção nas eleições e as qualifica de absurdas.