Comitê Parlamentar britânico alerta que mortes causadas por calor podem triplicar até 2050

© AP Photo / Markus SchreiberMeninas correm através de fontes em um dia quente de verão em Berlim, Alemanha (arquivo)
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O Comitê de Auditoria Ambiental da Câmara dos Comuns do Reino Unido pediu nesta quinta-feira que o governo pare de transferir a responsabilidade pelo combate à onda de calor a outros órgãos e planeje uma estratégia para proteger a população idosa, alertando que o número de mortes relacionadas pelo problema pode triplicar até 2050.

"O Serviço Meteorológico do Reino Unido projetou que as temperaturas no verão do Reino Unido poderiam atingir regularmente 38,5 ° C na década de 2040. O governo deve parar de empurrar a responsabilidade aos conselhos locais e ao Serviço Nacional de Saúde (NHS) e desenvolver uma estratégia para nos proteger do risco (…). Haverá 7.000 mortes relacionadas ao calor todos os anos no Reino Unido até 2050 se o governo não agir", disse a parlamentar Mary Creagh, conforme citado pelo comitê, observando que as ondas de calor resultam em "mortes prematuras por doenças cardíacas, renais e respiratórias". 

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O relatório lista uma série de recomendações, incluindo a nomeação de um ministro encarregado de lidar com os riscos para a saúde relacionados às mudanças climáticas.

De acordo com o texto, o governo deve revisar as regulamentações para evitar superaquecimento e endossar padrões mais rigorosos de eficiência hídrica, mudar políticas de planejamento para "garantir que casas e redes de transporte consigam lidar com calor extremo" e até mesmo introduzir regulamentações trabalhistas especiais em épocas de ondas de calor.

O governo também deve garantir que as cidades tenham espaços verdes suficientes e estruturas resilientes ao calor, enquanto autoridades locais devem informar regularmente sobre as medidas tomadas em relação às ondas de calor, acrescentou o relatório.

O Comitê enfatizou a necessidade de um "sistema de alerta de ondas de calor durante todo o ano", em vez do atual, que ocorre apenas de junho a setembro.

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