Os EUA bloquearam a iniciativa que visava regular a situação no Oriente Médio no Conselho de Segurança da ONU, informaram na Missão Permanente da Rússia à organização mundial.
Na Missão Permanente da Rússia o trabalho com o documento foi interrompido, mas prometeram fazer todos os esforços para regular a situação no Oriente Médio. Nota-se que a proposição surgiu em resposta ao pedido tradicional anual do secretário-geral da ONU no âmbito da resolução sobre a solução pacífica do problema palestino. Por sua vez, a iniciativa russa "recebeu o apoio da maioria dos membros do Conselho de Segurança, incluindo dos parceiros kuwaitianos, bolivianos e chineses".
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em Oriente Médio e Cáucaso, Stanislav Tarasov, notou que a política dos EUA não diminuiu as tensões na região.
"É uma tática tradicional de pingue-pongue, [isso acontece] quando os norte-americanos resolvem os seus problemas táticos e não têm uma estratégia. Vemos que na regulação no Oriente Médio, e sobretudo no problema palestino, os norte-americanos, cooperando com Israel, tentam impor a sua posição a toda a região e à direção palestina. Mas isso não leva à tranquilização da situação, o que foi demonstrado pelos acontecimentos nos territórios palestinos depois da transferência da embaixada dos EUA em Israel de Tel Aviv para Jerusalém", disse Stanislav Tarasov.
"Enquanto os membros do Conselho de Segurança, copatrocinadores do processo de paz no Oriente Médio [Rússia e EUA], não se ocuparem do problema palestino a sério, ele vai continuar sangrando. Recentemente, no Oriente Médio o número de conflitos aumentou bruscamente, e a situação na Palestina já não é o problema principal, mas apenas parte do problema geral. É quase impossível a resolver separadamente, sem afetar os outros conflitos. Será necessária uma abordagem abrangente com participação do Conselho de Segurança da ONU e, sem dúvida, dos próprios parceiros no Oriente Médio", resumiu o especialista.