Analista: Ucrânia é uma 'mosca irritante' para Europa

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Kiev anunciou a necessidade de criar alianças com outros países para "enfraquecer" a Rússia.

"Precisamos construir alianças com outros países em uma base específica. Podem ser circunstanciais e temporárias, mas que enfraqueçam o agressor. Por exemplo, os Estados Unidos estão prontos para impor sanções contra a Rússia pelo Nord Stream 2 [Nord Stream 2]", declarou Irina Lutsenko, representante do presidente ucraniano na Suprema Rada (Parlamento da Ucrânia), em entrevista ao jornal ucraniano Segodnya.

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Segundo Lutsenko, a Ucrânia "não se tornou um objeto, mas um assunto da geopolítica".

"Como parceiros iguais, jogamos no campo internacional", acrescentou.

O especialista Eduard Popov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, observou que não há nada de absolutamente novo nessas declarações.

"Esta declaração continua uma antiga tradição da política ucraniana de recorrer 'à cidade e ao mundo', sobretudo aos países da Europa, com demandas e apelos para punir a 'agressiva' Rússia. Portanto, não há nada de novo", ressalta Popov.

Segundo ele, o tempo para esses apelos de Kiev não é mais relevante e ficarão "pendentes no ar" sem apoio europeu.

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"Todos se cansaram da Ucrânia, por isso os apelos à Europa de se unir a ela […] causarão apenas irritação. A Europa agora se lembra da Ucrânia como uma mosca irritante. Ela pede exatamente o que a Europa pragmática está tentando se livrar: conduzir política antirrussa para se prejudicar", comentou.

O especialista explica que a Itália e a Alemanha já estão sofrendo com o regime de sanções, de modo que a Ucrânia traz apenas "prejuízos e nenhum lucro". No entanto, segundo ele, os países Bálticos e Polônia podem dar atenção a essas declarações.

"A Europa verdadeira irá ignorar esses apelos como algo desnecessário e até mesmo prejudicial aos seus interesses", concluiu Edward Popov.

O projeto do gasoduto Nord Stream 2 envolve a construção de duas linhas de um gasoduto com capacidade de transportar um total de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano partindo da costa russa, atravessando o mar Báltico até chegar à Alemanha. A licença de construção já foi emitida pela Alemanha, Finlândia e Suécia.

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Alguns países são contra a implementação do Nord Stream2, em particular a Ucrânia, que receia perder receitas do trânsito do gás russo, e os EUA, que têm planos ambiciosos de exportar gás natural liquefeito para a Europa. Além disso, a Letônia, Lituânia e Polônia declararam que não aprovarão a construção: seus líderes também acreditam que esse é um projeto político.

No entanto, Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, declarou que o gasoduto Nord Stream 2 é um projeto internacional que visa também garantir a segurança energética da Europa.

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