"Retornar ao JCPOA é uma condição obrigatória para o diálogo [entre EUA e Irã]", afirmou Hamid Aboutalebi, conselheiro do presidente Hassan Rouhani, respondendo a declarações anteriores do presidente norte-americano, Donald Trump.
Mais cedo, o chefe de Estado dos EUA afirmou que estava pronto para encontrar os líderes iranianos, sem qualquer condição prévia, assim que eles quisessem, pois acreditava em encontros, sobretudo quando há a possibilidade de uma guerra em jogo.
Na última semana, Trump e Rouhani trocaram ameaças bastante sérias, com o governante americano prometendo que o Irã sofreria consequências do tipo que poucos, na história, há haviam sofrido.
Em maio, Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear iraniano, assinado em 2015, em Viena, por Teerã e membros do grupo conhecido como P5+1, formado por EUA, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha. Segundo ele, o acordo não era bom o suficiente e também poderia não estar sendo respeitado por parte dos iranianos, apesar das provas fornecidas pelo país e das avaliações de especialistas internacionais. Ao deixar o JCPOA, Washington adotou novamente uma série de sanções contra o Irã, que haviam sido retiradas diante da promessa de Teerã de manter a natureza pacífica de seu programa nuclear.