A imagem mostrava o futuro Type 002 com uma grande cobertura de voo, uma pista de aterrissagem em diagonal e três sistemas de decolagem via catapultas eletromagnéticas. Tudo indica que o navio pesará 70.000 toneladas e seja entregue em 2021. Como as características do Type 002 superam as do anterior e primeiro porta-aviões de fabricação chinesa, o Type 001A, espera-se que o gigante asiático possa vir a criar no futuro uma variedade mais ampla de caças de combate.
O moderno porta-aviões produzido na China posicionará o gigante asiático à frente da Rússia, que possui somente um porta-aviões, e rivalizará com os das Marinhas da França e dos Estados Unidos que são as únicas possuidoras de porta-aviões com propulsão nuclear capazes de lançar aviões com catapultas.
O especialista Daniel Kliman, docente do Programa de Segurança no Ásia-Pacífico norte-americano, indaga o que a China espera fazer com estes porta-aviões. De acordo com ele, o porta-aviões é um meio efetivo de proteger o poder tanto na região Ásia-Pacífico como além. "China vê uma necessidade real de proteger seus vastos investimentos e de garantir acesso ao mercado no exterior", ressaltou.
Além do mais, ele não exclui que é uma questão de prestígio, já que "há muita atenção popular na China para com o programa de porta-aviões".
Tanto Wertheim como Kliman acreditam que o gigante asiático vá usar seus porta-aviões atuais e futuros para "projetar o poder no mar do Sul da China e Oriental".
Mas, analisando profundamente, a China não precisa de porta-aviões para alcançar os objetivos territoriais nestes mares, porque para isso basta posicionar caças no solo, destacam os especialistas.
Sendo assim, a pergunta se o objetivo da China é "dominar a Ásia" ou projetar o poder em outras águas continua sem resposta.
No ano passado, a China abriu uma base militar na África, a primeira base no exterior, onde compete pelos seus interesses. "A verdade é que não sabemos quais [são] as intenções [da China]", concluem analistas.