Estreito de Ormuz, a 'arma' do Irã
O presidente do Irã, Hassan Rohani, deu a entender que, se seu país não exporta petróleo através do Golfo Pérsico, outros países do Oriente Médio tampouco poderão fazê-lo. No início de julho, a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã ameaçou fechar o estreito de Ormuz e interromper o transporte de petróleo após as sanções de Washington contra Teerã.
Estreito de Malaca, a chave para a China
Está localizado entre Indonésia e Malásia e por ele passaram 16 milhões de barris por dia em 2016. Por ligar os oceanos Índico e Pacífico, é a principal rota do Oriente Médio para chegar com seu petróleo aos mercados asiáticos.
Tem apenas 2,7 km de largura em seu ponto mais estreito, "criando um gargalo natural com potencial para colisões, aterramento ou vazamento de óleo", segundo a EIA.
A China, sendo a principal importadora de petróleo do mundo, tem interesse estratégico para que o tráfego ao longo do estreito não seja interrompido.
Canal de Suez e o oleoduto SUMED
O oleoduto SUMED é a única rota alternativa para transportar petróleo bruto do mar Vermelho para o mar Mediterrâneo, caso os navios não possam navegar pelo canal de Suez por causa de seu tamanho.
Estreito de Bab el Mandeb
Passa entre a África e o Oriente Médio ligando o mar Vermelho ao golfo de Aden. Embora não chegue a cinco milhões de barris por dia, sua importância corresponde ao fato de ser o ponto prévio de todo o petróleo que passa pelo Canal de Suez e pelo oleoduto SUMED. Seu potencial bloqueio desempenha um papel decisivo na guerra do Iêmen.
Esses quatro pontos representam as áreas mais importantes para o comércio de petróleo, tanto para o tráfego diário de petróleo bruto quanto para seu peso geopolítico. Uma interrupção em qualquer dessas rotas marítimas poderia causar um aumento significativo no preço do barril.