O que na verdade pôs fim aos caças estadunidenses de 5ª geração F-22?

© AP Photo / Lee Jin-manCaça norte-americano F-22
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A ideia de criar um caça de quinta geração surgiu após o desenvolvimento do caça soviético Su-27, construído para superar em combate aéreo o caça norte-americano F-15. Por isso, o primeiro caça de quinta geração, o F-22 Raptor, tinha que ser superior ao antecessor F-15 em todos os aspetos.

De acordo com o portal Military Watch, o novo caça deveria ter a mesma velocidade máxima e manobrabilidade, mas, além disso, deveria contar com tecnologias de nova geração, invisibilidade e maior alcance. No entanto, o mais importante é que a nova aeronave deveria ser mais barata na manutenção do que o F-15 Eagle.

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Com a entrada em serviço em 2005, o novo caça foi considerado um grande êxito do ponto de vista técnico, mas não no que se refere à manutenção, afirma a mídia. Assim, o F-22 não só não tinha menores custos de manutenção que o F-15, como até os superava.

Por exemplo, o custo de uma hora de voo deste caça constitui cerca de 60.000 dólares (cerca de 223 mil reais), tornando-o no avião militar mais caro do mundo quanto a este parâmetro. Além disso, a aeronave voa com menos frequência do que o F-15 Eagle.

De fato, nota-se que a frequência de voo do F-22 é inferior a um voo longo por semana, o que limita a sua utilidade durante a guerra. Embora seja extremamente sofisticado e continue sendo, provavelmente, o caça mais avançado do mundo, o Raptor implica enormes custos, não tanto de desenvolvimento e aquisição, como de manutenção e voo.

Foi precisamente este custo que pôs em dúvida todo o programa deste caça de quinta geração. Inicialmente, foi assinado um contrato para 750 unidades, mas o custo de manutenção ao longo dos seus prováveis 55 anos de vida útil "seria fenomenal".

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Enquanto o preço de uma unidade era de cerca de 150 milhões de dólares (559 milhões de reais), a sua manutenção ao longo de 40 anos custaria 550 milhões (2 bilhões de reais). Levando em conta que as despesas poderiam aumentar com o passar dos anos, esse número poderia equivaler a 700 milhões de dólares (2,6 bilhões de reais).

Por esta razão, a primeira ordem de compra foi reduzida para 350 unidades e, posteriormente, foi cancelado todo o programa com somente 187 máquinas construídas, o que satisfaz só 25% das necessidades da Força Aérea dos EUA.

Junto com o F-22, foram cancelados os projetos da sua versão naval para substituir o F-14 e o F-15E. Se não fossem os enormes custos do Raptor, estas novas versões teriam sido produzidas e hoje os EUA teriam em serviço o dobro destas aeronaves, assinala o portal.

Por isso, o fracasso do F-22 neste aspeto acabou com um programa que poderia ter sido bem-sucedido. Não se sabe se este caça teria prosseguido, apesar dessa deficiência fundamental, se a União Soviética não tivesse entrado em colapso.

Tomando em conta essa experiência, é muito provável que agora se preste mais atenção aos custos de manutenção do novo caça de sexta geração que está em desenvolvimento, para que não repita o destino do F-22.

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