"Enfrentamos um potente inimigo, os EUA, que repetidamente invadiu a Nicarágua e continua interferindo nos assuntos da Nicarágua. Através de contas nos EUA, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e outras organizações norte-americanas fazem declarações sobre os milhões que são alocados à Nicarágua, à democracia, conforme dizem", assinalou Ortega em entrevista ao canal Euronews.
Segundo o presidente, o dinheiro alocado é utilizado depois para outras necessidades. "Desestabilizar o país, provocar a violência e estimular as ações armadas de gangues que têm cometido crimes desde 2007, quando voltamos a assumir o poder", destacou.
A Nicarágua vive uma grave crise desde meados de abril, quando começou uma onda de protestos contra o governo que levou a duros confrontos entre manifestantes e forças de segurança.
O governo desmente a existência de grupos de choque oficiais que provocam violência, como argumenta a oposição, e insiste que os protestos são promovidos por grupos "terroristas" que visam levar a cabo um "golpe suave" contra Ortega.