A notícia foi publicada pelo The Intercept nesta quarta-feira (1), que afirma ter tido acesso a documentos internos da empresa e ter confirmado a informação com funcionários da gigante da internet.
O projeto é chamado "Dragonfly" e está em desenvolvimento desde o ano passado. O assunto já foi objeto de reunião entre o CEO do Google, Sundar Pichai, e Wang Huning, uma figura de destaque dentro do Partido Comunista da China e que costuma tratar de assuntos das relações internacionais do país.
O plano consiste em construir um aplicativo para o Android, que possivelmente terá o nome de "Maotai" ou "Lonfgei", que suprime resultados bloqueados pelo esquema de censura estatal de Pequim. Quando houver resultados omitidos, a seguinte mensagem aparecerá: "alguns resultados podem ter sido removidos devido a requisitos estatutários".
O Google já operou na China de 2006 a 2010, censurando seu mecanismo de buscas. A empresa do Vale do Silício encerrou suas atividades no país asiático em 2010 citando pressão das autoridades locais e tentativas de censurar a liberdade de expressão.
A visão da empresa estadunidense, contudo, parece ter mudado.
Nos últimos anos, a classe média chinesa tem crescido. Já são mais de 750 milhões de usuários de internet.