Anteriormente, o Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções contra Gul e o ministro do Interior, em conexão com o caso do pastor norte-americano Andrew Brunson. Eles estão proibidos de entrar nos EUA e seus ativos em instituições bancárias norte-americanos estão sujeitos a congelamento.
O pastor norte-americano está detido pelas autoridades turcas desde outubro de 2016 por acusações de cumplicidade com o movimento Gulen (FETO), reconhecido como terrorista na Turquia, assim como de apoio ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, siga em inglês) banido no país. Brunson nega as acusações, chamando-as de "vergonhosas e repugnantes".
O analista político Vladimir Shapovalov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou sobre as possíveis consequências da introdução de sanções pelos EUA contra os ministros do governo turco.
"Este é um exemplo muito explícito de uma política absolutamente irracional, porque os efeitos negativos dessas ações dos EUA serão enormes, e sinceramente não vejo nenhum ponto positivo. Essa é a primeira vez no moderno sistema de relações internacional que os Estados Unidos impõem sanções pessoais contra ministros do governo de um país aliado. É difícil imaginar uma situação mais absurda. Evidentemente as relações já complicadas entre Washington e Ancara só vão piorar em resultado disso", disse o analista.
"A rude e ostensiva pressão sobre um país como a Turquia só pode empurrar Ancara para mais longe de Washington e, se tudo isso continuar, a longo prazo a Turquia abandonará o sistema da OTAN", acredita Shapovalov.