"As pessoas que vivem em situações de pobreza e outros grupos marginalizados estão sofrendo desproporcionalmente, como resultado das medidas econômicas rígidas em um país outrora considerado progressistas para reduzir a pobreza e promover políticas de inclusão social", disse um grupo de especialistas do ACNUDH em comunicado difundido pela rede social Twitter.
Especialistas da ONU afirmaram que houve "cortes drásticos" nos orçamentos de programas que beneficiam as pessoas que estão na pobreza e destacaram a falta de investimento por parte do governo nas áreas de saúde e educação.
O relatório também descreveu como negativo o aumento da mortalidade infantil no país, em grande parte devido a infecções pelo vírus Zika.
O Ministério de Relações Exteriores refutou as críticas em um comunicado publicado em seu site, na qual ele disse que os ajustes na economia brasileira beneficiam a população de baixa renda e recordou que, sem equilíbrio fiscal, é impossível manter as políticas sociais.
O ministério salientou que o governo brasileiro "mantém uma estreita cooperação com os procedimentos especiais do Conselho de Direitos Humanos" da Organização das Nações Unidas.
Da mesma forma, a pasta afirma que respondeu de maneira transparente o mais rápido possível às suas demandas.