O artigo da Reuters menciona as gigantes russas Severstal e Magnitogorsk (MMK, sigla em russo), que fornecem bobinas de aço laminadas a quente para o Irã.
No entanto, segundo Andrei Yeremin, diretor econômico da empresa metalúrgica Magnitogorsk, a redução na oferta de bobinas para o Irã não tem relação direta ao medo das sanções dos EUA.
"No momento, não fornecemos produtos siderúrgicos ao mercado iraniano. Mesmo antes da introdução das sanções, os insumos eram insignificantes. O Irã está aumentando sua própria produção de aço e reduzindo o volume de importações", esclareceu Yeremin à Sputnik Persa.
O diretor da MMK sublinhou que a empresa não sofreu perdas significativas devido ao fim das vendas para o Irã.
Por sua vez, Anastasiya Popinako, do Departamento de Comunicações Externas da Severstal, confirmou as informações fornecidas pelo representante da MMK.
"Por razões internas, a Severstal suspendeu e redistribuiu para outros mercados o volume de produtos exportados para o Irã. Os fornecimentos para esse cliente eram insignificantes e não afetaram os lucros da empresa", afirmou ela.
"O Irã cobre suas necessidades de produtos de aço de forma autônoma, a produção de aço dentro do país está bem estabelecida, não dependemos da importação desses produtos. Mesmo se assumirmos que eles venham a impor restrições, o Irã não será afetado pela perda de fornecedores da Rússia ou Cazaquistão, uma vez que é capaz de satisfazer todas as suas necessidades internas de aço", comentou, enquanto manifestou dúvidas de que a Rússia venha seguindo as regras dos EUA no âmbito econômico.
Em 4 de novembro entrará em vigor um novo pacote de sanções dos EUA que visa limitar as ações comerciais de operadores portuários, navios e setores de construção naval do Irã.