O presidente equatoriano Lenín Moreno admitiu publicamente na semana passada que "nunca esteve a favor" de asilar Assange. Moreno afirmou que tem trabalhado para expulsar o hóspede problemático.
Segundo Greenwald, o único impedimento para retirar o asilo de Assange é sua cidadania equatoriana, concedida em 2016. O Reino Unido e o Equador estão agora "pensando em tentar retroativamente rescindir a cidadania, e trabalham nos detalhes finais".
O jornalista supostamente será preso no momento em que pisar fora do terreno da embaixada. Ele deveria ter comparecido a uma audiência de extradição para a Suécia em 2012, mas preferiu se instalar na propriedade equatoriana, sendo protegido politicamente pelo então presidente Rafael Correa.
Julian Assange atraiu a atenção internacional em 2010, quando seu projeto WikiLeaks revelou grandes quantidades de documentos sigilosos e sensíveis sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque, provocando um escândalo internacional. Washington lançou uma investigação sobre o WikiLeaks e processou Assange sob a Lei de Espionagem.
Logo após os escandalos, Assange enfrentou acusações de abuso sexual e estupro de duas mulheres suecas, o que ele nega e diz ser uma denúncia politicamente motivada. Em dezembro de 2010, ele foi preso pela polícia de Londres e libertado sob fiança. Temendo extradição para a Suécia e em seguida, aos EUA, o jornalista rompeu sua fiança e buscou refúgio na embaixada equatoriana em Londres em junho de 2012, onde vive desde então.