O objeto, com uma massa 12,7 vezes superior à de Júpiter, é uma fonte energética surpreendentemente potente, além de ser um solitário que viaja pelo espaço sem companhia de uma estrela-mãe.
As anãs marrom são objetos demasiado maciças para serem consideradas planetas, mas o seu tamanho não chega para suportar a fusão nuclear do hidrogênio nos seus núcleos, processo que alimenta as estrelas. Inicialmente se pensava que não emitiam ondas de rádio, mas o descobrimento em 2001 por parte do VLA de uma erupção de rádio em uma destas estrelas revelou uma forte atividade magnética.
Na Terra, as auroras boreais são geradas pelos ventos solares, que interagem com as partículas carregadas na nossa ionosfera. Estas partículas carregadas se movem ao longo das linhas do campo magnético do planeta até os polos, onde se manifestam como luzes no céu e produzem fortes emissões de ondas de rádio.
Os astrônomos do VLA creem que os processos deste novo objeto, chamado SIMP J01365663 + 0933473, poderiam ajudar a obter mais informação a esse respeito, indica a investigação publicada na revista The Astrophysical Journal.
Descoberto entre um grupo de estrelas muito jovens, o objeto tem uns 200 milhões de anos, "nada mais que um bebê" em termos espaciais, afirma o artigo.
"Ter detectado o SIMP J01365663 + 0933473 pelo VLA através da emissão de rádio auroral", disse o astrônomo Gregg Hallinan, "significa também que é possível que tenhamos uma nova forma de detectar exoplanetas, incluindo os solitários que orbitam ao redor de uma estrela-mãe."