"Algo que provoca [nossa] desilusão é a incapacidade da parte norte-americana de observar os acordos feitos em relação à publicação do conteúdo dos nossos contatos apenas com o consentimento de ambas as partes", ressalta o comunicado da entidade.
Ademais, o comunicado precisa que Gerasimov, em resposta à respectiva solicitação de Dunford após a cúpula russo-americana em Helsinque, informou o outro lado sobre as medidas que a Rússia está empreendendo junto com as autoridades sírias para estabilizar a situação no terreno.
"Em particular, se falou sobre a disponibilidade da parte russa para considerar, junto com as autoridades sírias, a questão das garantias de segurança aos refugiados do campo de Rukban, situado na região controlada pelos EUA em Al-Tanf, e da criação de condições necessárias para o regresso às suas casas", acrescenta o documento.
O ministério também revelou que a carta apresentou propostas quanto à coordenação das questões da "desminagem humanitária", inclusive em Raqqa, e para a restauração o mais depressa possível da vida normal na Síria com o fim de evitar os casos de recrutamento de refugiados pelos terroristas.
A entidade ressaltou, além disso, que o canal de comunicação existente entre os estados-maiores da Rússia e dos EUA contribui para a prevenção de incidentes militares e para a busca de soluções de consenso que tomem em consideração os interesses dos dois lados.
"Esperamos que o lado estadunidense possa tomar as medidas necessárias para não permitir que no futuro sejam violados os acordos bilaterais", escreveu o ministério, aludindo ao caso em que Washington tornou público o conteúdo da carta de Gerasimov para Dunford.