Nicarágua pune médicos que socorreram manifestantes e novos protestos são realizados

© REUTERS / Oswaldo RivasProtestos na Nicarágua
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Milhares de pessoas marcharam neste sábado (4) contra o governo do presidente Daniel Ortega e sua repressão contra os médicos que trataram de manifestantes feridos que Manágua chama de terroristas.

Os manifestantes gritavam "não aos abusos", "médicos de longa data" e "os médicos não são terroristas", em solidariedade aos médicos que o governo puniu por serem membros da oposição ou por cuidar deles.

Cerca de 100 médicos em todo o país foram demitidos de hospitais públicos por cuidarem de pessoas feridas nos distúrbios anti-Ortega.

De acordo com grupos de direitos humanos, 317 pessoas foram mortas e 2.000 ficaram feridas em mais de três meses de agitação contra o governo.

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Os Estados Unidos, a Organização dos Estados Americanos e o Vaticano apoiam as reivindicações dos manifestantes de que Ortega —no poder desde 2007- renuncie, ou pelo menos concorde em realizar eleições antecipadas.

Mas Ortega afirma que o país mergulhará na "anarquia" se ele deixar o poder antes do final de seu mandato, no início de 2022.

Ele convocou um manifestação em sua defesa e para exigir "justiça para as vítimas do terrorismo".

Os manifestantes que se uniram em apoio aos médicos usavam máscaras e lenços e disseram ter medo de possíveis retaliações.

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