"Washington está claramente esperando que a população seja ouvida em todo o país e que os iranianos se revoltem", disse Giraldi, que também serviu como oficial da inteligência do Exército dos EUA.
Uma autoridade do governo dos EUA disse na segunda-feira que Washington iria reimpor sua primeira onda de sanções contra o Irã desde a retirada do acordo nuclear à meia-noite [nos EUA], enquanto uma segunda onda de sanções entraria em vigor em 4 de novembro.
Mais tarde, na segunda-feira, o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse que a decisão de Washington de restabelecer as sanções contra a República Islâmica, particularmente contra a indústria de aviação civil de Teerã, visava desestabilizar o país, informou a mídia local.
Girardi alertou que é improvável que a administração atinja seu objetivo de enfraquecer ou derrubar o governo de Teerã.
"Não é um cenário provável, mas um indicador de quão falida é a política dos EUA em relação ao Irã", disse ele.
Giraldi observou que ainda havia grande incerteza se os aliados de Washington que permaneceram dentro do acordo nuclear concordariam com as sanções ou se recusariam a cooperar.
"Tudo depende do quanto os outros parceiros comerciais estão dispostos a cumprir as atuais e novas sanções, que são incognoscíveis no momento, além da Turquia, Rússia e China, que indicaram que não vão se submeter", disse o ex-agente da CIA.
"Se os europeus se recusarem a se curvar, os EUA terão que sancionar todos eles e seus bancos centrais, o que criaria uma situação muito interessante", disse ele.
Se a administração Trump ter sucesso em seus esforços para impor sanções adicionais, o provável resultado imediato seria simplesmente impor dificuldades às pessoas comuns do Irã, opinou Giraldi.